Pequenos apontamentos

No decurso destas duas semanas que passaram e durante os nossos debates académicos em tempos de aulas tive ocasião de abordar um ou dois temas sobre os quais já escrevi algumas coisas. Um deles, que eventualmente alguns recordarão, foi sobre as competências e a Lógica do Óbvio. Deixo aqui o link para esse apontamento e mais alguns (sobretudo dedicados à Comunicação) que tenho escrito num meu outro blogue, o Be Aware of The Dog. É uma partilha de ideias que talvez possa ajudar nalgumas reflexões.

"Antes havia revoluções, hoje existem suicídios"

É uma entrevista muito interessante que o fiósofo francês Gilles Lipovetsky deu ao Jornal de Negócios, na lógica do indivíduo paradoxal na sociedade do hiperconsumo.

Diz Gilles que o "consumo é um paleativo que funciona. Não está ameaçado. O mercado cria o desejo. O indivíduo, frágil e instável, vai ao seu encontro. Sem religião e ideais que o façam mover, quer apenas sentir-se melhor..."

http://www.jornaldenegocios.pt/index.php?template=SHOWNEWS&id=393241

Gilles Lipovetsky tem 65 ano e é professor de filosofia na Universidade de Grenoble, em França. É autor de dois livros, A Era do Vazio e A Felicidade Paradoxal, que reflectem muito do seu pensamento como teórico da hipermodernidade.

Crise Financeira - Aumento da Desigualdade de Géneros em Portugal

O Público Online noticia hoje que num ano marcado pela crise financeira, a desigualdade entre homens e mulheres ficou mais vincada em Portugal, de acordo com o NoGlobal Gender Gap Index2009, que o Fórum Económico Mundial apresenta hoje em Nova Iorque.

"Há um ano, Portugal conseguia mais pontos nos indicadores que medem a participação económica e as oportunidades de carreira dadas às mulheres, e conquistava vantagens no acesso à educação básica e superior(...).

Questiono-me se não estarão o preconceito e a desigualdade de sexos no nosso imaginário? Na actual sociedade moderna, talvez não devêssemos continuar a ter de medir e avaliar constantemente estas premissas de igualdade de oportunidades para ambos os sexos. Haverá uma relação efectiva entre a crise financeira e o aumento da discrepância de oportunidades? Colocando a utopia de parte, acontece que de facto por inúmeros motivos, como a desigualdade de salários, a elevada percentagem de empregos a meio tempo e a falta de cobertura social, as mulheres são mais afectadas pela crise, especialmente nos países com níveis reduzidos de segurança social e baseados em indústrias de exportação. Isto de acordo com um artigo recentemente publicado no site do Parlamento Europeu, que vos deixo:

http://www.europarl.europa.eu/news/public/story_page/014-61764-292-10-43-902-20091002STO61729-2009-19-10-2009/default_pt.htm

Se estivéssemos perto do ideal de uma sociedade equilibrada em termos de oportunidades para ambos os sexos, não teríamos que reflectir sobre o impacto da crise financeira nos Seres Humanos do sexo feminino ou masculino.

O Poder do escrutínio nas novas tecnologias

A controvérsia sobre a vacina da Gripe A e as "ligações perigosas" com as farmacêuticas tem merecido alguma atenção fora dos media convencionais. Este exemplo, que está disponível no YouTube, merece alguma reflexão.
Igualmente um exemplo do poder de escrutínio (sem juízo de valor) que as novas tecnologias vieram introduzir no acesso à informação.

http://www.youtube.com/watch?v=CcgCBiyGljM